30 outubro 2015

Respeite

Deve ser muito chato ter razão em tudo, não saber ouvir e somente querer julgar. Deve ser insuportável ser assim.
Durante muito tempo, eu achava que só a minha opinião era a certa e que tudo tinha que ser da minha vontade, mas de repente senti um tapa bem filha da puta na minha cara e tive que acordar pra vida. Aprendi a calçar a sandália da humildade, comecei a valorizar a minha família e controlar os meus impulsos. Calei-me quando fui julgada, chorei e percebi que assim como eu, todos têm defeitos. Comecei a enxergar o lado bom das pessoas, pois o negativo não estava nelas, estava em mim. E percebi que o mundo não estava contra mim, eu estava contra o mundo por não saber ouvir, por achar que era sábia demais e acabei sozinha.
A solidão me ensinou bastante e mesmo com defeitos intoleráveis, eu aprendi que o palco não era só meu e que meu show era ridículo. Alguns diziam, que era coisa de gente ruim, mas eu posso dizer, que era atitude de criança mimada. Carrego comigo atitudes infantis, não nego, mas tenho aquele olhar de bondade, de acreditar nas pessoas e no amadurecimento do ser humano, eu ainda estou amadurecendo também. Me recriando e aprendendo, saio com marcas e às vezes ilesa, de algumas guerras desnecessárias por insegurança, mas necessárias para viver.
E estou aqui, não tão certa, mas absorvendo somente o que me traz paz e é do bem. E isso que quero pra mim, por mais que seja difícil e complicado, tento transmitir até nas entrelinhas. Eu aprendo todos os dias com as milhares de pessoas que estão ao meu redor, não é questão de "fazer cena" e sim, de saber respeitar.

Aquele abraço!

Joyce Xavier


29 outubro 2015

O amor



O amor não é criado em gaiolas e desrespeito. O amor é sincero e livre, é o sentimento mais verdadeiro e inteiro que existe. Sempre sonhei em ter um grande amor, aquele amor que duraria por toda a minha vida. Pode parecer "clichê" ou somente o pensamento de uma menina, mas mesmo calejada e com as marcas de tantas feridas, eu prefiro ser apenas uma menina.
A realidade é cruel para quem insiste em viver um conto de fadas, talvez seja por isso que eu sofro tanto. Sou apenas uma mulher de pulso firme e alma pura. Poucos conseguem enxergar, pois vivem presos em julgar os meus defeitos e tentar absolver os seus. Defeitos todos nós temos, erros todos nós cometemos, mas é a humildade em tentar acertar e continuar a seguir, que me conquista e que me faz ficar.
Não temi em recolher tudo o que me pertence, além de coisas materiais, resgatei o meu amor-próprio com a minha vontade de sorrir mais uma vez, não adianta só o amor se algumas coisas estão pendentes.
Talvez a culpa não seja do outro, talvez a culpa seja minha por ser tão imatura às vezes. Por ainda sonhar com o príncipe encantado e me assustar quando perceber que assim como eu, todos têm defeitos. A única diferença, é que eu assumo os meus. Aprendi que meus mimos não me levarão pra frente.
Me despedi na raiva, depois vieram as lágrimas, a tristeza e para ser sincera, ela ainda não foi embora. Demora um tempo para a trovoada passar e o sol voltar. Não trouxe a raiva comigo, porque aqui reina o amor. E pelo simples fato de carregar amor, deixei a teimosia de lado e ouvi a razão, mesmo que seja contraditório ao coração. Que os nossos caminhos se encontrem novamente, se for pra ser, ou se afastem se for para esquecer.
E do amor, eu não desisto. Mesmo que não seja perfeito, mas que seja amor.
Joyce Xavier