Sabe, com o passar dos
anos, eu percebi que não devemos ter pressa. Não devemos querer correr, não
devemos ter a euforia de uma criança. Afinal de contas, crescemos e notamos que
no fim tudo está em movimento. A Terra é quem gira, não você. O tempo pode ser
amigo.
O tempo é quem mais nos
afeta e transforma. Com ele, podemos notar o quanto somos cruéis conosco. Mas
ele mesmo nos faz o trabalho de esquecer. Afinal de contas, ele é o tempo.
O encarregado de apagar as
lembranças, sejam elas boas ou más. Seja aquela de quando você mal andava de
pé. Ou daquela pessoa especial, que lhe marcou profundamente, mas que hoje você
tem apenas a imagem perfeita dela. O tempo é tão vil, tão covarde, que nos
abraça esmagando-nos e ao mesmo tempo nos afaga. Ele é responsável por cometer
as maiores atrocidades da humanidade, já que ele faz com que nós mesmos
esqueçamos as nossas atitudes violentas.
O tempo é
quem prova o amor. É quem nos permite a saudade. O tempo, tão repetitivo e
aparentemente tão comum. O maior exemplo disso é que ao ler este texto, você
nem se dará conta de quantas vezes a palavra tempo foi repetida. E que no
início do texto, ele foi dito como o grande salvador, mas que por fim, este
mero mortal o condenou por todas as atitudes e ausências do mesmo em sua vida.
Afinal de contas, é apenas o tempo. E tempo, como qualquer um, passa. E somente
a saudade fica. Não tenhamos pressa, poi
s ninguém sai vivo daqui.
Lucinei Campos
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Texto lindo como sempre, Lucinei.
ResponderExcluirMe deixou reflexiva e me fez lembrar de todas as vezes que eu pensei que o sofrimento não iria acabar nunca, mas no fim das contas, o tempo fez seu trabalho e quase nem lembro de que já passei por dias muito ruins.
Abraços.