14 outubro 2016

Você acredita no amor?


Eu sempre levantei a bandeira do amor. Eu sempre fui carinhosa e entreguei-me de corpo e alma para aqueles que passaram pela minha vida. Eu sempre pensei mais nos outros do que em mim, eu sempre fui presente sem desejar o fim.

Nunca me importei em dizer que amava alguém, nunca deixei de fazer declarações de afeto, amigos e amores sempre recebiam o melhor de mim. Sempre dei a minha cama para alguém dormir, sempre briguei por aqueles que eu amava cegamente e por diversas vezes deixei de lado amizades por amar demais um homem. O amor nunca foi ausente na minha vida.

Com todo esse meu jeito de flor, por diversas vezes, fui ferida pela navalha de quem pouco se importava com tudo aquilo que eu sentia. As pétalas caíram pelo jardim da minha vida e muitas vezes pensei em desistir para não me ferir, muitas das vezes pensei na morte com medo de enfrentar a realidade da vida, muitas das vezes eu tive medo de mim mesma.
Chega um certo momento, que você sem querer se protege de uma forma cruel. Você começa a não se importar com o que vão dizer, você pouco se incomoda se irão gostar do seu jeito e divulga uma imagem sua que muitos vão criticar. Sou escudo por não querer me ferir outra vez, pois quem conhece a minha alma, encontra a mais pura inocência de uma criança.

Não quero ser visada como uma prepotente ou “a dona da cocada preta”, eu quero ser respeitada e receber o que eu transmito, infelizmente a vida é uma troca e queremos sempre receber o amor, fidelidade e lealdade que doamos.

Permito que a loucura e a ousadia morem em mim, para que eu não adoeça com as minhas ilusões. Permito que meus dias sejam intensos, para que eu não morra a cada dia com as minhas reclusões. Permito ser furacão, para que ninguém tente incendiar a minha serenidade. Permito que meu desequilíbrio seja externo, para não morrer com as confusões e doses de carência que às vezes vivem em mim. 

Eu sou o amor, basta você me conquistar. Eu sou o ser que foge da dor.

Joyce Xavier 

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