Eu sempre levantei a bandeira do amor. Eu sempre fui
carinhosa e entreguei-me de corpo e alma para aqueles que passaram pela minha
vida. Eu sempre pensei mais nos outros do que em mim, eu sempre fui presente
sem desejar o fim.
Nunca me importei em dizer que amava alguém, nunca deixei de
fazer declarações de afeto, amigos e amores sempre recebiam o melhor de mim.
Sempre dei a minha cama para alguém dormir, sempre briguei por aqueles que eu
amava cegamente e por diversas vezes deixei de lado amizades por amar demais um
homem. O amor nunca foi ausente na minha vida.
Com todo esse meu jeito de flor, por diversas vezes, fui ferida
pela navalha de quem pouco se importava com tudo aquilo que eu sentia. As
pétalas caíram pelo jardim da minha vida e muitas vezes pensei em desistir para
não me ferir, muitas das vezes pensei na morte com medo de enfrentar a
realidade da vida, muitas das vezes eu tive medo de mim mesma.
Chega um certo momento, que você sem querer se protege de
uma forma cruel. Você começa a não se importar com o que vão dizer, você pouco
se incomoda se irão gostar do seu jeito e divulga uma imagem sua que muitos vão
criticar. Sou escudo por não querer me ferir outra vez, pois quem conhece a
minha alma, encontra a mais pura inocência de uma criança.
Não quero ser visada como uma prepotente ou “a dona da
cocada preta”, eu quero ser respeitada e receber o que eu transmito,
infelizmente a vida é uma troca e queremos sempre receber o amor, fidelidade e
lealdade que doamos.
Permito que a loucura e a ousadia morem em mim, para que eu
não adoeça com as minhas ilusões. Permito que meus dias sejam intensos, para
que eu não morra a cada dia com as minhas reclusões. Permito ser furacão, para
que ninguém tente incendiar a minha serenidade. Permito que meu desequilíbrio
seja externo, para não morrer com as confusões e doses de carência que às vezes
vivem em mim.
Eu sou o amor, basta você me conquistar. Eu sou o ser que
foge da dor.
Joyce Xavier
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