Durante um bom tempo andei triste e fui humilhada. Colocaram-me no chão e poucos foram capazes de estenderem a mão para me salvar. Meu coração estava despedaçado, disseram coisas que eu não havia feito, acusaram-me de ser uma pessoa desgraçada que estava acolhida projetando vingança.
Meu humor oscilava e na maioria das vezes meu sorriso não demonstrava alegria. Fechei-me num mundo só meu. Não atendia ligações, tinha medo das pessoas, dopava-me para não sofrer... É eu desejava morrer. Distanciei-me de muita gente, uns eram inocentes e não haviam motivos, outros pelo simples fato de me jogarem no perigo e gargalharem pelo meu fracasso.
Senti-me usada (na verdade, eu fui), surtei e fiz mal a mim mesma, nunca quis atingir ninguém e sempre rezava para passar. Sim, a dor deveria acabar! Eu já não aguentava mais tanto deboche, não me perdoava por ter sido fraca e aceitar a malícia de gente que não sabe o que é amor. Gente que usa os corpos para se sentir melhor, gente que tem prazer de ferir o outro, gente que faz o mal por próprio gosto.
Depois da ventania e da minha estadia no CTI emocional, restaram sequelas. Sim. Não sou tão louca, ando um pouco perdida e assumo a melancolia do dia a dia. Hoje ao caminhar com os verdadeiros amigos e receber toda a energia positiva, sinto-me melhor. Sinto-me feliz, sinto-me humana e sei quem verdadeiramente me ama.
Joyce Xavier
Joyce Xavier
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