23 abril 2017

Tem horas, ora! - Por Ana Nunes e Joyce Xavier


Tem horas que fico sem paciência com a vida, intolerante com as pessoas e com o mundo. Como se os ombros pesassem e o peito apertasse. As horas não passam, o sono não chega e nada continua – como se a própria vida pausasse os instantes e eu simplesmente aceitasse, não me mexesse e deixasse (deixasse as horas correrem, mesmo que lentas e com nada à minha maneira). 
Tem horas que as horas são atribuladas e cheias de mistérios. Que me sinto um nada, uma solidão frustrada, uma caminhada triste e longa. Mas tem horas, que percebo que preciso mudar. Já questionei a mim mesma que tem hora pra tudo e que eu tenho tudo nas horas. 
Eu escolho o que quero pros meus momentos. Eu decido como quero passar minhas horas. Ora de pernas pro ar, ora ouvindo música, ora envolvida em algum trabalho extremamente importante, ora perdida em pensamentos que nem sei onde, porque ou como começaram. E existe mesmo um momento pra cada coisa, uma cor pra cada dia. 
Existe um sorriso e uma lágrima, um silêncio, uma melodia. E mesmo que faça muito barulho por muitas horas, você pode pausar seu relógio e acertar os ponteiros, você pode escolher sua cor e colorir sua história. Basta querer. Tem horas que, poxa vida, ora bolas!, eu não quero moleza, eu não quero dureza, eu só quero leveza, ou eu quero pressa demais. Eu quero tudo novo a cada dia. E quero começar agora. Tudo tem a sua hora e é hora de renovar.

Ana Nunes e Joyce Xavier

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